quinta-feira, 6 de agosto de 2009

PROFISSÃO PROFESSOR 2009

Não perca, todo sábado, às 10h, na TV Cultura, o programa Profissão Professor 2009. Parceria entre a Fundação Victor Civita e a Fundação Padre Anchieta, o Profissão Professor é produzido com base nos trabalhos vencedores do Prêmio Victor Civita Educador Nota 10.

Assista o vídeo em:

Profissão Professor 2009

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quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Revisão de textos


Língua Portuguesa

Conteúdo
Pontuação

Introdução
Ensinar a revisar textos é um conteúdo que deve ser tratado desde as séries iniciais. O aluno precisa incorporar tais conhecimentos gradativamente, ampliar e fazer uso deles com o objetivo de deixar seus textos mais comunicativos, ou seja, objetivos na comunicação de idéias. Para isso, é necessário que o professor:
· utilize diferentes tipos de textos pertinentes à série, colocando seus alunos em contato com bons modelos;
· selecione em qual aspecto da revisão (coerência, ortografia, acentuação ou aspectos coesivos e de pontuação) o aluno focará a atenção, já que não é possível tratar de todos os aspectos ao mesmo tempo.

Este plano de aula propõe uma atividade cujo foco é a Pontuação. Nem sempre os alunos chegam à correção plena dentro do que havia sido proposto. Mas o objetivo não é alcançar a perfeição. O que importa é apresentar questões pertinentes nas situações didáticas, fazendo com que a turma reflita e avance. Apresentamos a seguir uma sugestão de aula que pode se tornar uma atividade permanente, desde que se trabalhe com diferentes gêneros textuais a cada aula.

A revisão é um procedimento difícil para escritores iniciantes, pois requer distanciamento do próprio texto. As crianças nas séries iniciais são capazes de corrigir textos produzidos por outras pessoas mas, em se tratando dos seus próprios, dificilmente fazem uso desse conhecimento. Por isso, é interessante propor que as crianças comparem seus textos com os produzidos por outras pessoas e os analise em grupo. Isso deve ser feito em parceria e com quem já sabe fazer uso do procedimento da revisão. O professor deverá orientar o trabalho lançando questões que façam os alunos refletir e avançar, tais como:
· Onde começa e termina a fala de tal personagem?
· Por que você usou este ponto neste lugar?
· O trecho pontuado por vocês está fazendo sentido? Explique o sentido desta frase.
· Faz diferença usar a vírgula ou o ponto neste trecho? Por quê? Depois, cada agrupamento deve apresentar seu texto pontuado. Trata-se de uma ocasião rica para discutir e refletir, pois certamente surgirão diferentes formas de pontuar. Os alunos terão oportunidade de argumentar a validade ou não de cada trabalho apresentado.

Tradicionalmente, a gramática ensina que a pontuação é um conjunto de sinais que orienta a entonação da leitura em voz alta. Informações do tipo: "Usem o ponto final quando estiverem cansados. A vírgula serve para indicar uma paradinha. Usa-se ponto de interrogação para perguntar...", provavelmente estão embasadas na história da escrita, quando os livros eram escritos à mão, sem espaços entre as palavras e a leitura era feita em voz alta. Quem pontuava e dava um sentido ao texto era o leitor.

"A prática de leitura silenciosa disseminou-se a partir da produção de livros em escala industrial... Hoje, quando o texto impresso é formatado para ser lido diretamente pelo olho, sem precisar passar pela sonorização do que está escrito, esta função, de estreitar o campo das possibilidades de interpretação indicando graficamente as unidades de processamento e sua hierarquia interna, pertence ao escritor." (PCN - Língua Portuguesa - MEC/1997)

Objetivos
Com esta atividade o aluno deve ser capaz de:
· construir um comportamento revisor em relação a seu próprio texto e ao dos outros;
· perceber que a pontuação é um recurso utilizado pelo autor para orientar o entendimento do leitor;
· constatar que, na maioria das vezes, há mais de uma possibilidade de pontuação;
· desenvolver a capacidade de argumentação;
· desenvolver a atitude de colaboração.

Ano
3º ano

Tempo estimado
10 aulas

Material necessário
· lousa e giz (ou papel Kraft e pincel atômico; ou retroprojetor, transparência e caneta hidrográfica)
· papel e lápis

Desenvolvimento da atividade
Apresente um texto curto sem nenhuma marcação gráfica, como ponto, maiúscula, travessão, parágrafo etc. Piadas são bastante interessantes para o exercício, desde que os alunos tenham tido contato com esse tipo de texto;

- Peça aos alunos para que, em grupos (duplas ou trios), marquem as unidades que facilitem a sua leitura com algum sinal;
- Solicite que reescrevam o texto, utilizando a pontuação que julgarem adequada;
- Socialize para toda a turma as diversas possibilidades apresentadas pelos diferentes grupos;
- Discuta essa adequação, o significado e o entendimento do texto pontuado de diferentes formas.

Avaliação
Durante o desenvolvimento da atividade, é possível avaliar como o aluno:
· utiliza em outros contextos de produção escrita, os conhecimentos que constrói a respeito da pontuação (veja o 1º objetivo);
· usa seus conhecimentos diante do texto para pontuá-lo a fim de atribuir significado a ele (veja o 2º e o 3º objetivos);
· argumenta para defender o seu ponto de vista (veja o 4º objetivo);
· colabora com o grupo (veja o 5º objetivo)

Quer saber mais?

BIBLIOGRAFIA
Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa: de 1ª a 4ª série, Secretaria de Educação Fundamental, Brasília, 1997
Por trás das letras, Telma Weisz, FDE, São Paulo, 1992

FONTE: REVISTA NOVA ESCOLA
Consultor: Leika Watanabe
Pedagoga

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Leitura compartilhada e debate



Língua Portuguesa

Conteúdo
Leitura

Objetivos
• Descobrir as relações entre o texto e as imagens.
• Confrontar com os colegas as diferentes interpretações de um mesmo verso.
• Expressar sentimentos, ideias e opiniões com base na leitura.

Conteúdo
• Leitura.

Ano
1º.

Tempo estimado
Uma aula.

Material necessário
Livro Mania de Explicação, de Adriana Falcão (Ed. Moderna).

Desenvolvimento
• 1ª etapa
Diga às crianças que o livro contará a história de uma menina muito esperta, que inventa explicações para todas as coisas. Ensaie a leitura do livro em voz alta. O texto está organizado em versos independentes uns dos outros. Isso faz com que a leitura possua ritmo próprio. É preciso ler cada verso, relacioná-lo à ilustração, dar uma pausa para o leitor produzir o sentido do texto e, em seguida, ler o próximo verso.

• 2ª etapa
Sente-se em uma cadeira e peça que os alunos se sentem no chão diante de você. Leia sempre com a ilustração virada para eles, para que todos vejam as imagens.

• 3ª etapa
Comece pela capa e pelo título. Deixe as crianças emitirem impressões espontaneamente e observarem a capa. Pergunte se alguém se lembra do comentário que você fez sobre uma menina esperta, relacionando-o ao título.

• 4ª etapa
Avise que você fará uma primeira leitura do livro e que ninguém poderá interromper – para construir um sentido global da obra. "Eu vou ler a história, vocês vão escutá-la com atenção, observar as ilustrações e depois faremos juntos os comentários, certo?" Não pule versos nem substitua palavras e expressões.

• 5ª etapa
Após a leitura, abra um espaço de intercâmbio. Ele pode começar por algum estudante de maneira espontânea ou por você, que se apresenta como leitora. Analise como as imagens contribuem para a produção de sentido e complementam o significado esboçado pelo texto. Outra intervenção pode ser a releitura, que serve a diferentes propósitos, como buscar pistas quando surgem interpretações divergentes ou criar relações entre texto e imagem.

Avaliação
Analise se as crianças escutam a história com atenção, comentam assuntos ligados a ela, relacionam as ilustrações ao texto e se manifestam preferências por trechos ou episódios específicos na própria aula ou, posteriormente, numa roda de conversa, por exemplo.

FONTE: REVISTA NOVA ESCOLA
Consultora Giovana Cristina Zen
mestre em Educação e Contemporaneidade, Supervisora pedagógica do Colégio São Paulo e coordenadora do Centro de Estudos da Lua Nova, ambos em Salvador, e formadora de coordenadores do Projeto Chapada, do Instituto Chapada de Educação e Pesquisa.

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